Mulher acusada de homicídio em Tabaporã era vítima de violência doméstica, afirma defesa.

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Iranilda Maria da Silva, acusada de homicídio contra seu ex-companheiro em Tabaporã, Mato Grosso, foi, na realidade, vítima de abusos e violência doméstica, segundo a defesa. A acusação ganhou repercussão após notícias destacarem que ela seria uma “garota de programa” de 44 anos que, motivada por ciúmes e pela exigência de “exclusividade”, teria cometido o crime. No entanto, a defesa apresenta uma versão diferente dos fatos.

Conforme o boletim de ocorrência, o corpo do homem foi encontrado com marcas de sangue na cabeça em uma estrada próxima ao Rio Batelão. Uma moto foi achada nas proximidades, e investigações iniciais apontaram que uma mulher teria sido vista com a vítima horas antes do crime. Iranilda foi conduzida à delegacia, onde inicialmente negou envolvimento. Após a apreensão de uma arma e novo interrogatório, ela teria admitido o ato.

A defesa argumenta que, ao contrário do que foi publicado, Iranilda não era uma mulher motivada por ciúmes, mas uma vítima de um ciclo de abusos. Ela teve um relacionamento breve com a vítima e, nesse período, sofreu agressões e violência sexual em duas ocasiões. No dia do ocorrido, ela resistiu a uma terceira tentativa de coerção sexual, reagindo em defesa própria, o que resultou no trágico desfecho.

O advogado de Iranilda ressalta a necessidade de trazer à tona as circunstâncias de sofrimento e coerção que ela enfrentou. O júri está marcado para a próxima quinta-feira, 31 de outubro, com início às 8h30m, a acusação será realizada pelo promotor de justiça, Dr Rodrigo da Silva e a defesa da ré, pelos advogados, Dr. Leandro José dos Santos e Dr. Dener Felizardo.

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